sábado, 19 de novembro de 2016

2) O Perigo das Más Companhias


Filho meu, se os pecadores com blandícias te quiserem tentar [te quiserem seduzir – TB], não consintas. Se disserem: Vem conosco; espiemos o sangue; espreitemos sem razão o inocente; traguemo-los vivos, como a sepultura; e inteiros, como os que descem à cova; acharemos toda a sorte de fazenda preciosa; encheremos as nossas casas de despojos; lançarás a tua sorte entre nós; teremos todos uma só bolsa; Filho meu, não te ponhas a caminho com eles: desvia o teu pé das suas veredas” (Pv 1:10-15).
A segunda coisa que deve ser ensinada aos filhos em casa é a separação do mal. Há grande perigo em ter más companhias, e isso precisa ser ensinado em uma idade muito jovem. Portanto, o foco desta lição visa entender a poderosa influência de amigos.
A imagem retratada aqui é uma gangue de rua seduzindo o jovem a se juntar a ela em alguma ocupação com o mal. As questões da coação de grupos eram tão reais 3.000 anos atrás como são hoje! Podemos não ser tentados pelo mal de forma tão flagrante como a retratada aqui, mas a probabilidade de associação com pessoas que não conhecem o Senhor como seu Salvador irá apresentar-se em algum momento. A lição aqui é dizer “não”. Ao filho é dito: “não consintas”. Dizer “não” pode ser difícil às vezes, porque todo o jovem naturalmente quer ser aceito. Será preciso caráter moral e coragem. A coragem da convicção deve ser ensinada em casa.
A Bíblia diz: “Companheiro sou de todos os que Te temem e dos que guardam os Teus preceitos” (Sl 119:63). Há duas qualificações para boa companhia neste versículo. Em primeiro lugar, devemos ser companheiros daqueles que “temem” ao Senhor. A prova de temer a Deus é que nos desviamos do mal (Pv 14:16). Não há nenhum sentido falar em temer ao Senhor se não nos separarmos do mal (Lc 6:46; Jo 14:15; 1 Pe 1:15-16). Então, em segundo lugar, devemos ser companheiros daqueles que querem obedecer aos mais pequenos detalhes (“preceitos”) da Palavra de Deus. Estes são os tipos de amigos que devemos ter. Todos os outros devem ser mantidos a uma boa distância.

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

1) Respeito ao Aconselhamento dos Pais

Filho meu, ouve a instrução de teu pai, e não deixes a doutrina de tua mãe. Porque diadema de graça serão para a tua cabeça, e colares para o teu pescoço” (Pv 1:8-9). Respeito ao conselho dos pais é a primeira, e talvez a lição mais importante. Se a confiança no conhecimento dos pais sobre os assuntos da vida não estiver estabelecida, os filhos provavelmente não vão levar a sério quaisquer outras lições que os pais tenham a ensinar. Isto significa que os pais precisam “ganhar o ouvido” de seus filhos o mais cedo possível, e assim começar a ensinar-lhes estas importantes lições (Dt 6:6-7, 11:18-21; Sl 78:2-7; Pv 4:1-4; Is 38:19).
Todos os jovens que crescem em um lar onde há temor a Deus, precisam entender que seus pais têm os melhores interesses em seu coração. Há muitas armadilhas e perigos que os jovens podem cair se não forem cautelosos. Eles devem ser agradecidos por ter alguém para guiá-los nos caminhos da vida. Os jovens precisam reconhecer que seus pais têm mais experiência de vida do que eles, e podem oferecer informações e orientações valiosas nas questões da vida. Bom conselho dos pais é indispensável para o que é jovem e inexperiente.
Muitas vezes, os jovens pensam que os conselhos e o entendimento que o pai e a mãe têm do mundo estão desatualizados. Mas os jovens estão enganados. Certamente não podemos ser tão ingênuos a ponto de pensar que, porque nossos pais não falam sobre coisas contaminadas e sujas que eles têm visto e ouvido neste mundo mau, signifique que eles não saibam sobre ele! (Ef 5:11-12). A sabedoria nos dirigirá a proteger nossos filhos dessas coisas. Os pais que falharam em determinadas áreas da vida, não ajudarão seus filhos falando sobre isso na frente deles – quer se trate de seus pecados antes de sua conversão, ou depois de terem sido salvos. Eles estarão apenas colocando uma pedra de tropeço diante deles. Se as crianças sabem que seus pais fizeram tais coisas, eles podem se inclinar a pensar que desde que o pai ou a mãe fizeram tal coisa, então eles poderiam fazê-lo também, porque, afinal de contas, no final deu tudo certo. Quão cuidadosos devemos ser! Se uma pessoa continua a revisitar os seus pecados e a falar sobre eles, levará alguém a imaginar se ele realmente julgou esses pecados. Esses tais estão apenas se gloriando na sua vergonha (Fp 3:19 – TB).
O versículo 9 descreve poeticamente a beleza moral e dignidade que os jovens terão se seguirem o conselho de seus pais. No entanto, a pessoa que não ouvir os seus pais está a caminho de dificuldades.

Doze Discursos do Pai ou da Mãe para o Filho

Doze lições há nesta seção do livro. São discursos do pai ou da mãe para o filho – cada um deles começando com as palavras “Meu filho” (Há alguns lugares onde a expressão aparece no meio de uma lição. O contexto vai mostrar que não é uma nova lição, mas parte de uma já em andamento. Na tradução de J. N. Darby há um travessão (–) indicando que é uma continuação do assunto, ou seja, capítulos 1:15, 6:3). O cenário é de um lar piedoso onde os pais são vistos orientando e instruindo seu filho nas questões da vida. As lições são recomendações e conselhos dos pais que visam prepará-lo para a vida. Eles estão primeiramente preocupados em ajudar o filho ou a filha a tomar as decisões certas na vida.
Esta seção (capítulos 1-9) é muito aplicável para pais que querem saber o que deveriam estar ensinando a seus filhos na sua preparação para a vida. A essência destes doze discursos é o que todos os pais piedosos devem ensinar aos seus filhos. Claro, essas lições são também aplicáveis aos jovens que estão começando na vida, que são referidos no livro como o “simples” (Pv 1:4). Este não é um termo depreciativo; ele não está falando de alguém que tem dificuldades mentais, mas de alguém que é inexperiente e ingênuo na vida. Portanto, se um jovem quer ter sucesso na vida, moral e espiritual de forma prática, ele precisa aplicar-se a aprender essas lições e provar a bênção de Deus.
Se alguém não tem o privilégio de ter pais tementes a Deus, que lhe darão saudáveis conselhos práticos e espirituais nas questões de vida, ele pode se ocupar com estes capítulos, colocando-se no lugar desse jovem, e aproveitar das mesmas lições.

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Várias Maneiras de Aprender

Há, talvez, três maneiras de se aprender as lições da vida. Primeiro, podemos aprender com nossos erros. Podemos andar no caminho que achamos ser o melhor e aprender, com a experiência própria, as lições da vida – a maioria das quais provavelmente será dolorosa. Este, sem dúvida, não é um método aconselhado, porque podemos, muito rapidamente, fazer uma confusão generalizada em nossa vida e acabaremos tendo que levar os efeitos de nossas falhas pelo resto de nosso tempo aqui. Uma segunda maneira de aprender as lições da vida é aprender com os erros dos outros. Isto é melhor, porque não sofreremos os efeitos de suas falhas em nossa própria vida. Mas a melhor maneira de aprender as lições da vida é da Palavra de Deus. Esta é a maneira mais feliz. Mas isso requer vontade de receber o que a Palavra diz e reverência para com aqu’Ele que a escreveu. Alguém colocou desta forma: feliz é o homem que aprende com seus erros; mais feliz ainda é aquele que aprende com os erros de outras pessoas, mas o mais feliz de todos é aquele que aprende com os princípios da Palavra de Deus.

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Duas Coisas Necessárias

Os versículos 5-7 falam de duas coisas que são necessárias de nossa parte para obter a sabedoria no livro de Provérbios. Em primeiro lugar, deve haver a vontade de aprender (vs. 5-6). Em segundo lugar, deve haver um reverente temor ao Senhor (v. 7).
Uma pessoa pode ser exposta a mais excelente sabedoria dos mestres mais dotados, mas ela não terá nenhum proveito disso se não houver a vontade de aprender e o temor do Senhor em sua vida. Nossa vida vai mostrar o quanto tememos o Senhor pela decisão de aplicar ou não estes princípios práticos da Sua Palavra.

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Dez Coisas Adquiridas pela Aplicação da Sabedoria dos Provérbios


Os versículos 2-4 dão o propósito dos provérbios de Salomão. Dez coisas são mencionadas nestes versículos indicando o que vamos encontrar se aplicarmos a sabedoria deste livro.
  1. Sabedoria – conhecimento utilizado corretamente.
  2. Instrução – conhecimento adquirido pelo castigo e disciplina.
  3. Entendimento – conhecimento adquirido pela consideração.
  4. Instrução de sabedoria – conhecimento adquirido por um caminhar prudente.
  5. Justiça – conduta e comportamento corretos.
  6. Juízo - discernimento.
  7. Equidade – integridade moral imparcial.
  8. Prudência – capacidade de detectar malícia em outros.
  9. Conhecimento – informação útil.
  10. Discrição – ponderação.


segunda-feira, 7 de novembro de 2016

DIVISÃO I - DOZE LIÇÕES DE SABEDORIA NA FAMÍLIA (CAPÍTULOS 1-9)



DIVISÃO I
 (Capítulos 1-9)



Doze Lições de Sabedoria Numa Família

Os versículos 1-7 são a introdução ao livro. O primeiro versículo é o título desta seção. Vamos encontrar afirmações semelhantes por todo o livro que indicarão as suas várias divisões.

INTRODUÇÃO

SABEDORIA DIVINA PARA NOSSA SENDA TERRENA
Bruce Anstey


Um Esboço Sobre o Livro de
PROVÉRBIOS


O livro de Provérbios é às vezes chamado de o “livro do jovem” (com base em Pv 1:4) porque dá instruções sábias e profundas para aqueles ainda inexperientes na vida. Ele apresenta a sabedoria divina para a nossa senda aqui na Terra e é útil para todas as idades. O objetivo do livro é o de formar um bom caráter e conduta de modo que uma pessoa não fará uma confusão generalizada em sua vida – moral, financeira, social, etc.
O Senhor deu sabedoria a Salomão (1 Rs 3:11-12), mas ela foi obtida d’Ele de três formas principais:
  • Pela Observação“Atentei...” (Ec 1:14).
  • Pela Meditação“Falei eu com o meu coração... (Ec 1:16a).
  • Pela Experimentação “meu coração tem tido larga experiência... (Ec 1:16b). 
O livro, como um todo, tem seis divisões principais, marcadas por uma expressão de inspiração divina inserida no texto, que separa uma parte da outra. As divisões são:
  • Divisão I – Doze Lições Numa Família (capítulos 1-9).
  • Divisão II – Provérbios de Salomão (capítulos 10-22:16).
  • Divisão III – As Palavras dos Sábios (capítulos 22:17-24:34).
  • Divisão IV – O Segundo Livro de Provérbios de Salomão (capítulos 25-29).
  • Divisão V – As Palavras de Agur (capítulo 30).
  • Divisão VI – As Palavras do Rei Lemuel (capítulo 31).