segunda-feira, 5 de março de 2018

6) Construindo Relacionamentos

O filho é novamente exortado a não deixar escapar o que ele aprendeu até agora. Filho meu, não se apartem estas cousas dos teus olhos: guarda a verdadeira sabedoria e o bom siso, porque serão vida para a tua alma, e graça para o teu pescoço. Então andarás com confiança no teu caminho, e não tropeçará o teu pé” (Pv 3:21-23).
Nos versículos 25-35 é mostrado que a sabedoria é valiosa na construção de relacionamentos na vida. Algumas pessoas não têm dificuldade em fazer amigos, enquanto outras parecem lutar com isso. A razão, muitas vezes, reside no que é ensinado nesta lição. Essencialmente, as amizades são feitas por um comportamento correto para com os outros. Ao jovem, portanto, são dados alguns princípios orientadores que o ajudarão a construir boas amizades em sua vida.
A primeira coisa que ele deve ter é uma forte confiança no Senhor. “Não temas o pavor repentino, nem a assolação dos ímpios quando vier. Porque o Senhor será a tua esperança, e guardará os teus pés de serem presos” (Pv 3:25-26). Se conhecemos o Senhor e andamos com confiança n’Ele, isso será evidente. É uma qualidade admirável – algo que as pessoas apreciam. Isso não deve ser confundido com a confiança própria, que é a operação do orgulho na carne (Pv 3:7). O que falamos é uma serena confiança que vem com o conhecer e o andar com o Senhor. Uma pessoa marcada por estas características estará menos inclinada a andar diante de seus companheiros, buscando a aprovação deles – e isso é atraente.
O Senhor disse a Abrão: “Anda em Minha presença e sê perfeito” (Gn 17:1). Pelo contrário, somos muitas vezes inclinados a andar diante do nosso próximo, e isso pode ser um laço (Pv 29:25). Uma pessoa que é afetada pela opinião pública e pelos caminhos e estilos do mundo geralmente não possui confiança no Senhor. Por outro lado, uma pessoa que tem uma calma confiança no Senhor exala algo que é atraente e desejável.
“Não detenhas dos seus donos o bem, estando na tua mão poder fazê-lo” (Pv 3:27). O jovem é exortado a fazer o bem aos outros em todas as oportunidades. Uma pessoa marcada por atos de bondade será bem lembrada e apreciada. Fazer o bem inclui estarmos livres do louvor que outros poderiam ter para conosco, independentemente das qualidades e sucessos que nossas ações possam ter (Não estamos falando aqui de lisonja, que arma uma rede para os pés do seu próximo – Pv 29:5).
“Não digas ao teu próximo: Vai, e torna, e amanhã to darei: tendo-o tu contigo” (Pv 3:28). Aqui, o jovem é incentivado a ser liberal e não mesquinho com dinheiro. Esta é outra coisa que ajudará a ganhar o respeito dos outros. A pessoa que tem alegria em pagar a conta, etc., será bem visto. A generosidade é uma característica admirável.
“Não maquines mal contra o teu próximo, pois habita contigo confiadamente” (Pv 3:29). O filho é exortado a ter cuidado para não machucar ninguém. Isso pode ser feito pelo que dizemos, bem como pelo que fazemos. Podemos facilmente ofender e machucar os sentimentos das pessoas por não termos cuidado com nossas palavras. Se uma pessoa tem o hábito de menosprezar os outros, o que muitas vezes decorre de insegurança pessoal, ele não deve esperar ter muitos amigos. Por outro lado, a pessoa que é marcada por ser cuidadosa a este respeito, vai ganhar a confiança de muitos.
“Não contendas com alguém sem razão, se te não tem feito mal” (Pv 3:30). O jovem é aconselhado a ter cuidado para não causar conflitos. É-nos dito em outra passagem que uma pessoa que é conhecida por ser contenciosa, tem um coração orgulhoso (Pv 28:25). Algumas pessoas são caracterizadas por argumentar, e isso prejudica toda a sua personalidade. Depois de um tempo, eles se tornam conhecidos como, “o Fulano de Tal ama uma discussão...” Pessoas contenciosas raramente têm muitos amigos. Por outro lado, se aprendermos a ser amáveis entre os nossos companheiros, seremos apreciados. Foi dito a Aser para banhar “em azeite o seu pé”, e ele seria “aceitável” a seus irmãos (Dt 33:24 – JND). Visto que o óleo é uma figura do Espírito Santo, isso fala de alguém andando no Espírito. Isso é essencial para se dar bem com as pessoas.
“Não tenhas inveja do homem violento, nem escolhas nenhum de seus caminhos, porque o perverso é abominação para o SENHOR, mas com os sinceros está o Seu segredo” (Pv 3:31-32). Aqui ele é advertido para não ser arrogante e opressivo para com os outros. Isso só produzirá um efeito negativo de repelir as pessoas.
Por fim, o filho é encorajado a andar em humildade. “A maldição do Senhor habita na casa do ímpio, mas a habitação dos justos Ele abençoará. Certamente Ele escarnecerá dos escarnecedores, mas dará graça aos mansos” (Pv 3:33-34). As pessoas gostam de alguém humilde. Nosso Senhor Jesus foi marcado por humildade (Mt 11:29). Sua mão estará sobre os humildes para abençoar a construção de relacionamentos com outros, mas será contra aqueles que não são caracterizados pelos princípios desta lição.
A primeira parte do capítulo 4 aparentemente pertence a esse mesmo assunto. O jovem é lembrado de que a verdade prática na qual ele está sendo ensinado é o que foi transmitido de gerações passadas (Pv 13:22). Ele deve apreciá-la e não “abandoná-la” (Pv 4:1-9).

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